domingo, 8 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A Ferida Woyzeck nas Satyrianas

SATYRIANAS

SÃO PAULO

31 de outubro de 2009

14h

Pça Roosevelt

ESPETÁCULO


A FERIDA WOYZECK


Todo homem é um abismo.
Fica-se tonto quando se olha pra dentro dele.
Georg Büchner


Dramaturgia e tradução
Ingrid Koudela

Direção de cena
Ingrid Koudela e Joaquim Gama

Figurinos e Cenografia
Jaime Pinheiro

Cantigas Populares
Elaine Ferreira


Produção
UNIVERSIDADE DE SOROCABA
CURSO DE LICENCIATURA EM TEATRO

Em cartaz "Na Selva das Cidades"

Professor Ivon Mendes nos convida para o espetáculo no Teatro Aliança Francesa.



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Teatro Vento Forte recebe Grupo Andaime neste final de semana

Olá Pessoal!!!


Gostaria muito de contar com a presença dos amigos nestas duas apresentações que faremos em São Paulo do espetáculo "As Patacoadas de Cornélio Pires"... Não percam!!!

Nos encontramos lá.

Beijo pra quem é de beijo
e abraço pra quem é de abraço,


Abegão

Entrevista de Tatiana Belinky com Serginho Groisman


Oi Pessoal,

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

BIBLIOGRAFIA - TEATRO CONTEMPORÂNEO - PROF. SAMIR


ABEL, Lionel. METATEATRO. Rio de Janeiro: Zahar, 1968.
ARISTÓTELES. ARTE POÉTICA. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
ARTAUD, Antonin. O TEATRO E SEU DUPLO. São Paulo: Max Limonad, 1985.
ASLAN, Odette. O ATOR NO SÉCULO XX. São Paulo: Perspectiva, 1994.
AZEVEDO, Sônia M. O PAPEL DO CORPO NO CORPO DO ATOR. São Paulo: Perspectiva, 2002.
BERTHOLD, Margot. HISTÓRIA MUNDIAL DO TEATRO. São Paulo: Perspectiva, 2005.
BINER, Pierre. O LIVING THEATRE. Lisboa: Forja, 1976.
BORIE, Monique e/ou. ESTÉTICA TEATRAL. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1996.
BRECHT, Bertolt. ESTUDOS SOBRE TEATRO. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
BRECHT, Bertolt. TEATRO DIALÉTICO. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.
BROOK, Peter. TEATRO E SEU ESPAÇO. Petrópolis: Vozes, 1970.
BROOK, Peter. O PONTO DE MUDANÇA. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.
CARLSON, Marvin. TEORIAS DO TEATRO. São Paulo: UNESP, 1997.
CONRADO, Aldomar. O TEATRO DE MEYERHOLD. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969.
DEBORD, Guy. A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008.
ESSLIN, Martin. O TEATRO DO ABSURDO. Rio de Janeiro: Zahar, 1968.
GALIZIA, Luiz Roberto. OS PROCESSOS CRIATIVOS DE ROBERT WILSON. São Paulo: Perspectiva, 1986.
GROTOWSKI, Jerzy. EM BUSCA DE UM TEATRO POBRE. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1987.
KOUDELA, Ingrid D. HEINER MÜLLER – O ESPANTO NO TEATRO. São Paulo: Perspectiva, 2003.
KOUDELA, Ingrid D. BRECHT NA PÓS-MODERNIDADE. São Paulo: Perspectiva, 2001.
LEHMANN, Hans-Thies. TEATRO PÓS-DRAMÁTICO. São Paulo: Cosac Naif, 2007.
PAVIS, Patrice. DICONÁRIO DE TEATRO. São Paulo: Perspectiva, 1999.
ROSENFELD, Anatol. TEATRO MODERNO. São Paulo: Perspectiva, 1977.
ROUBINE, Jean-Jacques. A LINGUAGEM DA ENCENAÇÃO TEATRAL 1880-1980. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
RYNGAERT, Jean-Pierre. INTRODUÇÃO À ANÁLISE DO TEATRO. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
RYNGAERT, Jean-Pierre. LER O TEATRO CONTEMPORÂNEO. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
STANISLAVSKI, Constantin. A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986.
STANISLAVSKI, Constantin. A CRIAÇÃO DO PAPEL. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1987.
SZONDI, Peter. TEORIA DO DRAMA MODERNO [1880-1950]. São Paulo: Cosac & Naif, 2001.
SZONDI, Peter. TEORIA DO DRAMA BURGUÊS. São Paulo: Cosac & Naif, 2004.WILLIAMS, Raymond. TRAGÉDIA MODERNA. São Paulo: Cosac & Naif, 2002.

Núcleo de Dramaturgia


EXPO-LITERÁRIA EM SOROCABA


PROJETO REALIZADO PELO INSTITUTO ARAPOTY E CIA DUBERRÔ INTEGRA PROGRAMAÇÃO DA EXPO-LITERÁRIA EM SOROCABA


“Fábulas de Iauaretê” apresenta contação de histórias, oficinas e palestra com o escritor Kaká Werá. Apoiado pelo Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural e patrocinado pela Sorocaba Refrescos, projeto oferece atividades gratuitas.


Na próxima sexta-feira, dia 23 de outubro, a cidade de Sorocaba recebe a primeira atividade do projeto “Fábulas de Iauaretê”, uma adaptação do livro de Kaká Werá, realizada pelo Instituto Arapoty e Cia Duberrô. O projeto integra a programação da Feira Literária de Sorocaba, e seguirá ainda por outras cidades, como Tatuí, Itu, Laranjal Paulista, São Roque, Votorantim, Itapetininga, Itapeva, Limeira e Itapecerica da Serra.


Dia 23 de outubro de 2009, às 10h, 14h e 15h30.Local: Tenda Villa Lobos - Biblioteca Municipal de Sorocaba [Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes, 3.041]

Gratuito. Duração: 90 minutos. Capacidade: 100 lugares. Classificação indicativa: a partir de 10 anos.Agendamento para educadores, alunos e público espontâneo pelos telefones: (15) 3211-2911 / 3211-2902, com Paulo ou Elisa.


PalestraDia 23 de outubro de 2009, às 19h.Local: Auditório da Biblioteca Municipal de Sorocaba [Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes, 3.041]

Gratuito. Duração: 50 minutos. Capacidade: 100 pessoas. Classificação indicativa: a partir de 15 anosAgendamento para educadores, alunos e público espontâneo pelos telefones: (15) 3211-2911 / 3211-2902, com Paulo ou Elisa.


Informações gerais: (11) 9894-0395 / (19) 8175-2286

domingo, 18 de outubro de 2009

Festival ou Mostra?

A questão surge novamente na roda. Criar uma competição de teatro ou um espaço para exposição e discussão de trabalhos?
A última edição do Fetesp (Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo) promovida pelo Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”, de Tatuí - SP, inovou ao eliminar o caráter competitivo e ao oferecer aos grupos participantes uma ajuda de custo no valor de R$ 2.000.
Sobre o novo formato, Carlos Ribeiro, coordenador da mostra, acredita: “Deixamos o caráter competitivo de lado e buscamos paradigmas em vez de paradoxos. Assim, acreditamos que as análises e críticas são ouvidas menos com o coração e mais com a cabeça, uma vez que não há obrigação de se classificar os vencedores. Essa é uma tendência que está presente nos principais festivais de teatro do país.”
Além da Mostra Principal, o evento contou com uma Mostra Paralela (apresentações realizadas em uma praça, no centro da cidade), Oficinas Técnicas e Encontros de Teatro e Educação. Pesquisadores como Daniele Pimenta, Marcelo Lazzaratto, Ingrid Koudela, Sérgio Roveri, Henrique Autran Dourado, Abílio Tavares e Rogério Toscano ministraram palestras, discutindo aspectos do Teatro/Educação.
De acordo com Joaquim Gama, pesquisador em Teatro Estudantil, os festivais precisam se organizar de forma que os seguintes elementos sejam repensados:
-a utilização de espaços alternativos para a apresentação de espetáculos;
-a criação de um espaço para a aprendizagem artística;
-a formação de um corpo de jurados que dialoga com os grupos;
-o questionamento da necessidade de premiação;
-a organização de oficinas e encontros que fomentem questões relativas ao teatro;
-o oferecimento de uma ajuda de custo por parte das instituições que promovem os festivais.
Pensando assim, o Fetesp está em perfeita sintonia com o desejo de mudança dentro da modalidade Teatro Estudantil.
Referências:
http://www.conservatoriodetatui.org.br/index.php
GAMA, Joaquim. Acerca do Teatro e dos Festivais Estudantis. In: Revista Urdimento, n.10, 2008.
Por Patrícia Almeida

domingo, 11 de outubro de 2009

Entrega do Projeto de Pesquisa



Olá,

Como todos já sabem o projeto de pesquisa deve ser entregue até o dia 16/10.

Isso poderá ocorrer das seguintes formas:

a) entregar impresso pessoalemente no SER - Seminário;

b) enviar o projeto impresso pelo correio ao SER - Seminário - indicando no envelope "Projeto de Pesquisa - Pedagogia do Teatro". O projeto deve chegar na Uniso até o dia 16/10, cuidado com o tempo de entrega. Mande com recibo de envio para que você tenha um comprovante caso seja necessário;

c) uma outra possibilidade é entrar em contato com alguém em Sorocaba que possa imprimir e entregar o projeto no SER - Seminário pessoalmente para você.

Aqueles que enviarem poderei corrigir e devolver. Se você não achar necessário enviar para correção, mande direto para o SER.

Qualquer dúvida mande um e-mail.

Boa Sorte.


Tânia Boy

Verônica Veloso, convida...


A escolha por espaços alternativos é parte da pesquisa do grupo. Entendemos a arquitetura na qual a peça será apresentada como o primeiro desafio à instalação das cenas. Como o público é acolhido no espaço cênico, a arquitetura é exibida e não escamoteada. Durante os meses de setembro e outubro fixamos residência na Casa de Dona Yayá, onde acontece nossa nova temporada. O que podemos dizer é que é quase uma nova peça... Venha conferir!
De 17 de outubro a 20 de dezembro

Ângulos



Ângulos. Há um lado certo para se ver e contar uma história? Procurar ver o maior número de lados? Guardar um espaço suficiente para ter-se um mínimo de isenção com o que se vai contar? Envolver-se mais ou menos com o personagem para tirá-lo de um não lugar e contar a sua história? Ângulos. Ela conta da felicidade das crianças em meio a regatos de águas límpidas e musgos aveludados, do âmbar do báltico que o mar atirava à praia entre conchas e caramujos... Ou “Ela conta de alguém que saiu com uma mão atrás e outra na frente de uma Europa em transe para tentar a sorte num país tropical exótico, onde um cacho inteiro de bananas representa o maná infindável de oportunidades que brota da nova terra”. Ângulos. Europeus de pouca ou nenhuma posse para ocuparem o lugar de escravos negros recém libertos que, em vez de trabalharem a terra e serem devidamente remunerados por seu trabalho, seriam e foram jogados a própria sorte, porque não se queria um Brasil de maioria negra. Ângulos. Já que temos de pagar, podemos escolher. Escolhemos, portanto, a raia miúda européia em detrimento da raia miúda africana. Que a negrada seja condenada a viver no alto dos morros comendo feijoada e fazendo samba. Ângulos. Minha mãe era dentista, conversava em alemão com os médicos e em latim com as freiras. Quase uma Ana Terra que, com uma tesoura, operava milagres entre as gentes de uma outra Bidinsula. Ângulos e pontos cegos. A judia que se casa com um médico. A mãe que entende que sua filha nunca irá passar necessidade. O pai que morre. A viagem a New York para conquistar a confiança dos fornecedores. A tragédia que ronda. O marido médico que não era tão chegado em medicina e que, em 1948, adapta a história de Peter Pan para apresentar em um aniversário de criança. Agora a família Gouveia sobrevivendo no teatro itinerante. Em vez de uma tragédia, uma breve comédia, ou melhor, teatro para crianças. Felizmente.


por José Carlos Silva, irmão da Ivelni.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana (escritor gaúcho, 30/07/1906 - 05/05/1994)



Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Louco é quem não procura ser feliz com o que possui.
Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
Diabético é quem não consegue ser doce.
Anão é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
Miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre. "


sábado, 3 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O CAUSO É SÉRIO! III ENCONTRO NACIONAL DE CONTADORES DE HISTÓRIAS DE SOROCABA

Tema 2009: "A Voz e a Vez da Infância"

O Causo é Sério é um encontro anual que tem o propósito de reunir contadores de histórias e pensadores do conto nas narrativas orais, a fim de refletir a importância da arte de contar histórias na formação do ser humano. Este ano o tema será "A voz e a vez da infância", com destaque para as diferentes matrizes culturais e étnicas que compõem a formação das crianças brasileiras. O evento é uma realização do SESC Sorocaba e da UNISO – Universidade de Sorocaba e tem o apoio das Secretarias de Cultura de Sorocaba e Votorantim, com curadoria do grupo Balaio – Espalhadores de Histórias (Sorocaba).

De 5 a 10 de Outubro
Local: Uniso - Cidade Universitária
End.: Rod. Raposo Tavares, km 92
Informações na Central de Atendimento/Sesc – (15) 3332.9933
Assesseria de Comunicação/Uniso - (15) 2101.7009
Inscrições antecipadas no site http://www.uniso.br/.
Inscrições gratuitas. Vagas limitadas.

Abertura

Espetáculo "O Balaio da Meninaiada"
Grupo Balaio - Espalhadores de Histórias
"Balaio da Meninaiada" é um espetáculo de narração de histórias que celebra a origem, a mistura dos povos, o caminho em busca de nossa identidade e o encontro com o que somos: um balaio, tecido por nossas raízes, onde guardamos histórias narradas, vividas e compartilhadas.
Dele retiramos histórias das três matrizes presentes no brasileiro: um conto africano: "Como o sol passou a brilhar no mundo"; - um conto indígena: "O sol dos karajás" e do universo caipira: "Causos e cantigas da noite e do dia".
Dia 5. Segunda, às 20h.

Cadastramento

Vivência Aconchegando
Grupo Balaio – Espalhadores de Histórias e convidados
Dias 6, 7, 8 e 9. Terça a sexta, às 13h.

Palestras

"Criança Nova... Criança Eterna"
Com Lydia Hortélio (BA)
Como um trem no trilho do tempo que faz uma viagem atemporal, parando em diversas estações e que, em sua bagagem, traz referências da cultura da infância traçando paralelos com o Brasil Contemporâneo.
Dia 6. Terça, às 14h30.

"A vez da voz do Matutinho"
Com José Rubens Incao
Apresentando a criança caipira e seu rico universo de brincadeiras solares e do imaginário popular tecido por meio dos assombrosos, tão presentes em suas narrativas orais, cujas marcas das culturas africana, indígena e ibérica são bem pontuais e se fundem no cotidiano dessa infância.
Dia 6. Terça, às 19h.

"A Voz de Nossas Crianças"
Com Adriana Friedman
A partir de diversos depoimentos de crianças pode-se traçar um panorama contemporâneo a respeito de quem é ela: Qual a leitura que faz da vida, do mundo, do outro e de si mesma? Dialogando com o seu entorno, pode encontrar sua voz e se reconhecer como sujeito em constante transformação.
Dia 7. Quarta, às 14h30.

"A vez da voz do pequeno Griot"
Com Juliana Ribeiro
A palestra tem como proposta apresentar e discutir os diversos aspectos ligados à criança no contexto das sociedades africanas. O papel da contação de histórias e transmissão de conhecimentos, a importância do brincar e do brinquedo e o processo de construção da identidade durante a infância na África são elementos fundamentais para a compreensão não apenas do continente africano, mas também da própria sociedade brasileira.
Dia 7. Quarta, às 19h.

"A vez da voz do Curumim"
Com Thini-á Fulni-ô
Por viver em contato direto com a natureza, a criança indígena tem uma vivência que lhe garante um olhar diferenciado sobre ela mesma e seu entorno, olhar esse integrado com o todo. As histórias que ela ouve trazem ensinamentos que reforçam a vida na aldeia e sua relação com o mundo natural.
Dia 8. Quinta, às 19h.

Oficinas

"A espalhadeira de palavras e seus apetrechos de ouvirimagens"
Com Chico dos Bonecos (MG)
Esta oficina oferece aos participantes a oportunidade de apreciar e experimentar as diversas manifestações da palavra vocalizada, explorar as articulações entre as palavras e os brinquedos e ainda estabelecer as fronteiras entre alguns pares conceituais: domínio público e autoria, literatura oral e oralizar literatura, adaptação e recriação, imprevistos e improvisos, contar a história e ler a história.
Dias 8 e 9. Quinta e Sexta, às 14h30.
Vagas: 35

"Pelas Ruas da Oralidade"
Com Lenice Gomes (PE)
Parlendas, adivinhas, cantigas, provérbios, travalínguas e trancoso. Nesta oficina a voz entra em cena e ocupa o espaço da palavra escrita com o objetivo de compartilhar com os participantes a teoria e a prática sobre este rico universo da oralidade, tão indispensável à prática do contador de histórias.
Dias 8 e 9. Quinta e Sexta, às 14h30.
Vagas: 35

"Eu quero histórias de boca: Experiências narrativas na escola"
Com Cristiane Velasco (SP)
Projeto originário de experiências de narração de contos, rodas tradicionais e relatos com crianças da Casa Redonda (Instituto Brincante/SP) que propõe o resgate da memória cultural e individual com o objetivo de sensibilizar o educador na busca interior de um contador de histórias disposto a encontrar o seu lugar na educação, preocupando-se com sua formação fundamentada na cultura da infância e na cultura popular.
Dias 8 e 9. Quinta e Sexta, às 14h30.
Vagas: 35

Balaio de Imagens – Exibição de Filmes Temáticos
- Curadoria de Olivia Brenga.
Balaio de Imagens propõe a reflexão através de filmes que dialogam com os temas sugeridos e propostos durante o encontro. Serão apresentados curta-metragens e longa-metragens, cuja temática é a infância, e que propõem um diálogo mais direto com as palestras que acontecerão durante o evento. Dessa forma, os temas explorados são as matrizes das crianças caipiras, africanas e indígenas.

Dia 06/10 - terça -feira, as 15h. Sessão de curta-metragens, seguida de debate. Exibição de "A Invenção da Infância", "Nuvens", "Tanza" e "Pajerama".
Tempo da sessão: 1h 10m.

Dia 07/10- quarta-feira as 15h.
Exibição de "Mutum" (1h 40 min), seguida de debate.

Dia 08/10- quinta-feira, as 15h.
Exibição de " Kiriku e a Feiticeira" (1h 15 min), seguida de debate

Narração de Histórias

Balaio de HistóriasCom Zé Bocca (Votorantim), Lenice Gomes (PE), Benita Prieto (RJ),
Thini-á Fulni-ô (PE)
Dia 9. Sexta, às 19h30.
Local: Biblioteca Infantil Municipal
End.: Rua da Penha, 673 - Centro
Indicação: 12 anos
Os ingressos serão distribuídos gratuitamente no local, uma hora antes do espetáculo. Apenas dois por pessoa.

Ciranda de histórias
Com Tatiana Zalla (SP), Chico dos Bonecos (MG) e Cristiane Velasco (SP).
Os contadores de histórias farão uma ciranda de contos para pessoas de todas as idades.
Dia 10. Sábado, às 15h.
Local: Biblioteca Infantil Municipal
End.: Rua da Penha, 673 - Centro
Indicação: Livre
Os ingressos serão distribuídos gratuitamente no local, uma hora antes do espetáculo. Apenas dois por pessoa.

Encerramento

Maracatu Leão da Vila
Com a presença de jovens e de grandes mestres, o Núcleo de Cultura Popular Leão da Vila apresenta o maracatu, uma das mais importantes manifestações da cultura popular.
Dia 10. Sábado, às 16h.
Local: Biblioteca Infantil Municipal
End.: Rua da Penha, 673
Indicação: Livre
Os ingressos serão distribuídos gratuitamente no local, uma hora antes do espetáculo. Apenas dois por pessoa.

Cardápio Cultural - Cyro del Nero


sábado, 26 de setembro de 2009

SOCORRO!




Teatro, vem em meu socorro!
Durmo. Acorda-me
Estou perdido na escuridão, guia-me, ao menos para uma vela
Sou preguiçosa, deixa-me envergonhada
Estou fatigada, levanta-me
Estou indiferente, sacode-me
Continuo indiferente, parte-me a cara
Tenho medo, dá-me coragem
Sou ignorante, educa-me
Sou monstruosa, humaniza-me
Sou pretencioso, faz-me morrer de riso
Sou cínica, desmonta o meu jogo
Sou estúpida, transforma-me
Sou má, pune-me
Sou dominadora e cruel, combate-me
Sou pedante, faz troça de mim
Sou ordinária, eleva-me
Sou muda, desfaz-me este nó
Já não sonho, chama-me cobarde ou imbecil
Esqueci-me, lança sobre mim a Memória
Sinto-me velha e seca, faz saltar a Infância
Sou pesado, dá-me a Música
Estou triste, vai buscar a Alegria
Sou surda, com fragor faz gritar o Sofrimento
Estou agitado, faz crescer a Sabedoria
Sou fraca, acende a Amizade
Sou cega, convoca todas as Luzes
Estou refém da Fealdade, faz irromper a Beleza vencedora
Fui recrutado pelo Ódio, dá todas as forças ao Amor.


Ariane Mnouchkine

Tradução de Eugénia Vasques

Fórum Latinoamericano de Educação Musical




Funarte e Garamond lançam livro inédito de Augusto Boal, no RJ e SP




Escrito pouco antes do falecimento do dramaturgo, A Estética do Oprimido
já é considerado o testamento estético do autor

O último livro escrito por Augusto Boal, A Estética do Oprimido (veja a capa no anexo), será lançado no dia 29 de setembro, às 19 horas, no Centro de Teatro do Oprimido, no Rio de Janeiro, instituição que Boal criou em 1986 e onde trabalhou nos últimos 23 anos. Em São Paulo, o lançamento acontece no dia 1° de outubro, no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, às 18 horas.

Fruto de experimentações práticas em laboratórios teatrais no Centro de Teatro do Oprimido, e da sistematização teórica de seminários, A Estética do Oprimido ganhou forma ao longo de oito anos de trabalho de pesquisa coletiva, sendo finalizado pelo autor em janeiro de 2009. O livro, publicado em parceria pela editora Garamond e pela Funarte/MinC, é considerado por muitos como o testamento estético do autor.

O evento de lançamento será produzido pela editora Garamond e pela Funarte, em parceria com o Centro de Teatro do Oprimido, que apresentará a intervenção "Viva Boal!", com cenas representativas da dramaturgia de Boal, apresentadas pelos grupos: Marias do Brasil – composto por empregadas domésticas –, Pirei na Cenna – composto por pacientes do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba – e elenco do CTO; além de uma Exposição de produtos da Estética do Oprimido, fotos, livros etc.

Ney Motta Centro de Teatro do Oprimido - CTOAssessoria de Comunicação e Imprensatels. (21) 2246-4532, 2539-2873 e 8718-1965

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

As Bênçãos de Manoel de Barros





AS BÊNÇÃOS

Não tenho a anatomia de uma garça pra receber
em mim os perfumes do azul.
Mas eu recebo.
É uma bênção.
Às vezes se tenho uma tristeza, as andorinhas me
namoram mais de perto.
Fico enamorado.
É uma bênção.
Logo dou aos caracóis ornamentos de ouro
para que se tornem peregrinos do chão.
Eles se tornam.
É uma bênção.
Até alguém já chegou de me ver passar
a mão nos cabelos de Deus!

Eu só queria agradecer.

Soube que vocês nada querem aprender

Chapeuzinho Vermelho (Politicamente Correto)





Era uma vez uma jovem chamada Chapeuzinho Vermelho que vivia à beira de uma floresta com grande biodiversidade, mas cheia de espécies em perigo de extinção.
Ela vivia com sua provedora de sustento, antigamente conhecida como “mãe”, embora o uso desse termo não implique que ela seria menos que uma cidadã se tal relacionamento biológico não existisse. Nem tampouco há intenção de denegrir o igual valor das famílias não-tradicionais, embora nos desculpemos adiantadamente se porventura causarmos essa impressão.
Um dia sua provedora de sustento pediu à Chapeuzinho que levasse uma cesta de alimentos orgânicos livres de produtos animais e água mineral à sua vovozinha.
“Mas mãe, se eu fizer isso não estarei tirando o sustento dos trabalhadores sindicalizados que têm lutado há anos pelo direito de carregar todas as encomendas entre os habitantes da floresta?”
A provedora de Chapeuzinho garantiu a ela que havia preenchido o “Formulário de Missões Compassivas Especiais” e obtido a autorização do presidente do sindicato.
“Mas mãe, você não está me oprimindo ao me mandar fazer isso?”
A provedora de Chapeuzinho explicou que era impossível uma mulher oprimir a outra, já que todas as mulheres serão igualmente oprimidas até que todas sejam livres da dominação masculina.
“Mas mãe, então por que não manda meu irmão carregar a cesta, já que ele é um opressor, e devia aprender como é ser oprimido?”
A provedora explicou que seu irmão estava participando de uma passeata pelos direitos dos animais, e que, ademais, aquilo não era tarefa estereotipadamente feminina, mas um ato de inclusão que promoveria o sentido de comunidade.
“Mas eu não estarei então oprimindo a vovozinha ao implicar que ela está doente e portanto incapaz de autogestão independente?”
A provedora de Chapeuzinho explicou que sua vovó não estava doente ou incapacitada, embora isso não implique que essas condições sejam inferiores ao que é conhecido como “saudável”.
Assim, Chapeuzinho partiu segura de que a idéia de entregar a cesta à sua vó não fazia parte do capitalismo opressor excludente.
Muitas pessoas acreditam que a floresta é um lugar perigoso, mas Chapeuzinho sabia que isso era um medo irracional baseado no preconceito da sociedade patriarcal que considera o mundo natural como recurso a ser explorado, e portanto os predadores naturais seriam uma competição intolerável. Já outras pessoas evitavam a floresta por medo dos assaltos, mas Chapeuzinho sabia que em uma sociedade verdadeiramente liberta das classes sociais, todas as pessoas marginalizadas poderiam ser aceitas e seu estilo de vida ser considerado como válido.
No meio do caminho para a casa da vovozinha, Chapeuzinho viu um lenhador e saiu da estrada para examinar algumas flores quando foi surpreendida pelo Lobo Mau, que perguntou-lhe o que havia na cesta.
A professora de Chapeuzinho havia lhe advertido que não falasse com estranhos, mas Chapeuzinho tinha consciência social e havia decidido assumir controle de sua sexualidade, então ela respondeu ao Lobo que estava levando guloseimas para sua avó.
O Lobo respondeu “Minha querida, é perigoso para uma menina andar sozinha nessa floresta.”
Chapeuzinho disse “Eu considero seu comentário sexista extremamente ofensivo, mas eu ignorarei devido ao seu status tradicional de excluído da sociedade que lhe acusou estresse ao ponto de desenvolver uma visão de mundo alternativa e completamente válida. Agora, dê-me licença que eu vou seguir o meu caminho” e voltou à estrada em direção à casa da vovozinha.
Obedecendo ao arcaico pensamento ocidental decadente, o Lobo tomou um atalho que ele conhecia para chegar à casa da vovozinha antes de Chapeuzinho. Ele afirmou sua natureza de predador ao invadir a casa e engolir a vovozinha.
Então, livre das inibições causadas pelas noções tradicionais de gênero devido à sua militância entre os GLBT, ele vestiu a roupa da vovozinha e deitou na cama se escondendo debaixo das cobertas.
Chapeuzinho chegou e ofereceu à vovozinha: “Vovozinha, eu trouxe algumas guloseimas livres de crueldade animal para saudá-la no seu papel de sábia matriarca.”
O Lobo pediu “Chegue mais perto, minha criança, para que eu possa vê-la melhor.”
Chapeuzinho disse “Minha Deusa do Céu! Vovó, que grandes olhos você tem. E que enorme e fino nariz você tem.”
O Lobo respondeu “Eu poderia ter feito uma cirurgia plástica mas eu não cedi às opressões estéticas da elite branca, minha filha.”
“E vovó, que dentes grandes e afiados você tem!”
O Lobo, que não agüentou mais aqueles insultos de especiesismo, e numa reação completamente justificada pela sua exclusão social, pulou da cama, agarrou a Chapeuzinho e abriu tanto sua bocarra que ela pode ver sua vovozinha espremida no estômago do Lobo.
“Peraí! Você está esquecendo algo!” disse Chapeuzinho bravamente.
“Você tem que pedir permissão antes de avançar para um nível mais profundo de intimidade!”
O Lobo, surpreso com aquela demanda, hesitou. No mesmo momento, o lenhador invade a casa com um machado na mão gritando “Renda-se!”
“E o que você pensa que está fazendo?” disse Chapeuzinho ao lenhador. “Se eu deixá-lo me ajudar, vou expressar falta de confiança em minhas habilidades, e que vai me levar à baixa estima.”
“Sua última chance, cidadã! Liberte essa espécie em perigo de extinção! Isso é uma operação do IBAMA!” gritou o lenhador. Quando a Chapeuzinho recuou surpresa, o lenhador reagiu cortando sua cabeça com uma machadada.
“Ainda bem que você chegou à tempo,” disse o Lobo. “Aquela opressora homofóbica e sua vó me atraíram para cá. Eu pensei que ia ser sacrificado pelo preconceito de espécie.”
“Não. Eu sou a verdadeira vítima aqui.” disse o lenhador. “Eu tenho tentado lidar com a minha infância na miséria e isso só fez aumentar meu trauma.” Então o Lobo se casou com o Lenhador na igreja com as bênçãos da CNBB e foram felizes para sempre.

FIM

Adaptação de “Politically Correct Bedtime Stories: Modern Tales for Our Life Times” de James Finn Garner.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Projeto de Pesquisa

Olá, Como todos já sabem, até o dia 16 de outubro deverá ser entregue na secretaria o Projeto de Pesquisa para que seja registrado a trabalho de cada aluno no curso. Lembro que o projeto deve conter a estrutura com aquelas partes obrigatórias: título, autor, problema, justificativa, pergunta, hipótese, objetivo, procedimentos, instrumento de coleta de dados e referências bibliográficas. Cada aluno deverá me enviar o projeto para correção antes da entrega na secretaria até o próximo dia dia 05 de outubro. Pode ser enviado pelo e-mail. Lerei e farei os comentários necessários e devolverei para as devidas mudanças antes da entrega. Só lembrando que o Projeto entrege na secretaria deve ser impresso. Espero os e-mails de todos.

Tânia Boy

Provérbio

Olá pessoal!

Este provérbio foi sugerido pelo Mário Persico para ser encaminhado ao grupo.
Uta pra todos,

Abegão


Este provérbio tem origem numa história do período conhecido por Primavera e Outono, que decorreu entre os anos de 770 e 476 antes da nossa era.
Os reinos de Qi e Yan eram aliados. A certa altura, a tribo Shanron do Norte invadiu o reino de Yan, e este pediu ajuda ao reino de Qi, que era mais forte do ponto de vista militar.
O rei de Qi, à frente das suas tropas, foi em socorro do seu aliado. Inteirados de que o exército do poderoso reino de Qi se aproximava, os invasores bateram em retirada em direção ao Norte.
Os Qis foram, então, em perseguição dos Shanrons, dirigindo-se também para Norte e penetrando, assim, em território inimigo.
A guerra teve início na Primavera e só terminou no Inverno seguinte, durando, portanto, quase um ano inteiro.
Quando regressavam, triunfantes, as tropas do rei de Qi desorientaram-se ao atravessarem um vale.
Era noite. O vento rugia. O frio era cortante. Os soldados estavam esfomeados. Que fazer?
A morte rondava o exército.
O rei de Qi já não conseguia manter a calma. Os pelotões de reconhecimento voltaram desanimados, sem terem conseguindo encontrar uma saída.
A situação era gravíssima.
Mas o primeiro-ministro Guanzhun, homem de extra-ordinária inteligência, estava tranqüilo. Os cães podem afastar-se de casa,mas voltam sempre, pensava ele. Por conseguinte, é provável que os cavalos façam o mesmo. E disse ao rei:
-Escolhemos alguns cavalos velhos e deixemo-los à solta, pois eles levar-nos-ão para fora deste vale.
O rei concordou, e os cavalos foram largados.
A idéia fora boa. Guiadas pelos velhos cavalos, as tropas do reino de Qi conseguiram sair do vale e encontrar o caminho de regresso a casa.
É desta história de tempos remotos que provém o provérbio Cavalo velho conhece o caminho, que quer dizer que são os homens mais velhos ou mais experientes as pessoas indicadas para orientarem qualquer trabalho.

sábado, 12 de setembro de 2009

As Patacoadas por Alexandre Mate

Caros amigos!

Ontem a noite depois de um dia inteiro de trabalho e uma apresentação do meu grupo, cheguei em casa e vi que havia saído uma crítica linda do Alexandre Mate do FESTIVALE... Ai não deu... Tive que sair tomar um "capeta" pra comemorar e queria aqui compartilhar com vcs...
Uta forte em todos e inté!
Viva o teatro!
Evoé!
Ô de lê lê!


*´¨)
¸.·´¸.·*´¨) ¸.·*¨)
(¸.·´ (¸.·` *Abegão








Por Alexandre Mate*

AS PATACOADAS POSTAS EM REVISTA PELO ANDAIME, AQUELE DO LUGAR, NA BEIRA DO PORTO, ONDE O PEIXE – QUE NÃO É BOBO – PARA...

Com 23 anos de estrada e um significativo conjunto de espetáculos montados, o sempre surpreendente Grupo Andaime, de Piracicaba (SP), apresenta, louvando deliciosamente a cultura caipira paulista por intermédio de As patacoadas de Cornélio Pires a obra‐pensamento‐criação de Cornélio Pires. Para a tarefa, e muito acertadamente, o grupo convidou o incansável e talentoso diretor, autor, bonequeiro Luiz Carlos Laranjeiras. Dando nova completude aos citados e porque "um mais um é sempre mais que dois", o trio se completa (Laranjeiras/Cornélio Pires e a cultura caipira) pelo valor dos integrantes do Andaime, e neste, como destaque, o queridíssimo corifeu Antonio Chapéu.
Muitos são os méritos do espetáculo. Dentre eles, na medida em que uma proposição dramatúrgica, em sentido amplo, pressupõe um trabalho de amarração, compreendendo texto e cena (cuja responsabilidade é de Laranjeiras), a estrutura adotada tem, sobretudo, como ancoradouro o teatro de revista.
Ao cumprimentar o autor‐dramaturgo, pelo bom trabalho realizado, este afirma, de modo assemelhado a tantos revisteiros – como o paulistano Nino Nello, por exemplo – ter posposto ao título do texto a indicação: "uma estripolia musical em dois atos", acompanhada, ainda, de uma chegança. Nesta indicação ocorre a junção de duas formas teatrais ou de representação: a revista musical e o cortejo popular (representado pela chegança) e presente em tantos folguedos processionalizados pelo país.
Ao entrar na sala de espetáculos, o espectador é recebido por uma gravação radiofônica na qual, provavelmente, ouve‐se a voz da protagonista que serve de tema à obra, Cornélio Pires. Segue‐se a isso, já iniciando o prólogo, uma dupla de violeiros, da qual se destaca a maravilha que é Domingos de Salvi Neto... Que emoção ouvi‐lo tocar: que alegria inundante!!! Assim como eu, imagino, não devem ter sido poucos os "abdusidos emocionalmente!". Imediatamente ao duo de viola, os tradicionais três sinais para início do espetáculo, é anunciado por meio de um dos atores que bate a enxada no chão (como para ajustá‐la ao cabo). Dado o sinal, um conjunto de músicos surpreendentes, cujos instrumentos são ferramentas de trabalho e de uso doméstico, apresenta a apoteose de entrada. No sentido de apresentar alguns dados biográficos de Cornélio Pires, Laranjeiras, acertadamente – apresenta um pequeno e cômico séquito religioso em direção ao batismo da criança Cornélio – concentrando na breve cena todas as informações no próximo quadro. De posse dessas informações, seguem‐se belos quadros, mesclando música e cenas embebidas por vários expedientes do teatro épico.
Parte significativa das músicas apresenta particularidades do universo caipira, tomando como mote as criações cornelianas; e cenas mesclando narração e interpretação. Nesse conjunto harmônico de cenas, o ponto de vista é sempre o do caipira, da astúcia do matuto. Cenas líricas (como a do beijo roubado na igreja, passando por jogo de truco, do estudante universitário paulistano que vai "estudar" o universo caipira e deixa‐se "seduzir" pela forma espiralada de uma casca de laranja cortada... De tantas belas cenas, a do Malassombro – ligada aos fantasmas da noite – é muito longa. Apesar de pertinente em si, quebra a estrutura do espetáculo como um todo.
Durante o debate ocorrido após o espetáculo, Laranjeiras explicita a "irreverência irreverente" que norteou o processo colaborativo de criação do grupo a partir do mote central fundamental em Cornélio Pires. Como costuma acontecer na dialética popular, a irreverência iconoclasta do povo afasta para recriar; para, emocionalmente, trazer mais para perto. É isso que acontece por quem se deixa atravessar: ser tocado emocionalmente por algo tão perto e distante de si. Nesse atravessamento uma espécie de encontro consigo mesmo. Uma descoberta de que nunca se é apenas um, mas sempre mais um. Como já apontado antes, No Sal da terra: "um mais um sendo sempre mais que dois".
O lirismo popular, o universo corneliano e caipira é percebido e estetizado por Laranjeiras, que assina também a dramaturgia. Nesse novo território estetizado, cada personagem, tanto individual como coletivamente, tem características de bufão. Ao rir delas, rimos de nós mesmos, abaixo da linha do Ecuador, nessa imensa periferia: repleta de sujeitos macaqueadores de cultura, mentalidades e procedimentos que, na realidade, pouco nos diz respeito. Por aí, e como um pouco de conhecimento de si mesmo não faz mal a ninguém, um quadro apresenta uma "professora ministrando uma aula de filologia". Dentre tantas pérolas, explica a professora o significado de patacoada: jogo, brincadeira. Por extensão, patacoada tem também o sentido de ludibrio...
Como apoteose final, o espetáculo se fecha com todo elenco presentificado na emocionante Cuitelinho, recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó.
Novamente o sentido do bufão. Será, sem perceber, que estamos sendo ludibriados pelo Andaime? Será que não somos tão caipiras e ingênuos quanto aqueles de que rimos na obra? Não seremos nós, os que nos autoconcebemos superiores, os caipiras do mundo? Com Bertolt Brecht, a partir dos versos finais de Perguntas a um operário que lê, pode‐se constatar serem, ainda: "Tantas histórias. Tantas perguntas."


Alexandre Mate
(em 11 de setembro c’os óio ainda cheio d´água e as vista atrapaiáda.)





* doutor em História Social (FFLCH‐USP). Professor de História do Teatro e da Literatura Dramática no Instituto de Artes da Unesp e da Escola Livre de Teatro de Santo André. Pesquisador de teatro e participante do Núcleo Nacional de Pesquisadores de Teatro de Rua.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Perdoai!

"Não aguento ser apenas um sujeito
que abre portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que compra o pão
às seis da tarde, que vai lá fora,
que aponta o lápis, que vê a uva,
etc, etc. Perdoai.
Mas eu preciso ser outros.
Eu penso renovar o mundo
usando borboletas."

Manoel de Barros

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Questão de utilidade pública...

Já tem muitos lugares que não se encontra Álcool Gel.

Guarde a formula simples do álcool gel, caso tenha necessidade:

2 - folhas de gelatina incolor e sem sabor (compra-se em qualquer supermercado)
1 - copo de água quente para dissolver as 2 folhas de gelatina.
Espere esfriar.
Acrescente 12 copos de álcool de 96° graus.

Está pronto o álcool gel de 72° a 75° graus.


E querendo ainda dá para colocar umas gotas de óleo essencial e ter álcool gel com perfume.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Inscrições prorrogadas para a 16ª Mostra de Teatro Estudantil de Piracicaba...


Para quem trabalha com grupos de teatro em escola ou conhece alguém que trabalhe, por favor dê um toque... As inscrições para a nossa 16ª Mostra de Teatro Estudantil de Piracicaba foi prorrogada para até dia 18/09.
Por favor ajudem a divulgar... Uta pro ceis,
Abegão
Coord. da Mostra

Convite para ver "As Patacoadas" no Salão Nobre do Colégio Piracicabano


Olha aí pessoal!... quem puder vir, será uma grande honra.
Uta e inté lá.
Abegão

Convite para a semana dos 45 anos de criação dos cursos superiores da UNIMEP


Receita do Cookies

Cookies do Abegão (Delícia)




Ingredientes:

· 02 Ovos
· 01 Colher (chá) de baunilha
· 02 ¼ Xícara (chá) de farinha de trigo
· 01 Colher (chá) fermento em pó
· ¼ Colher (chá) de sal ou uma pitada
· 01 Xícara (chá) de chocolate meio amargo cortado em pedaços
· ¾ Xícara (chá) de manteiga ou margarina em temperatura ambiente (130 gr)
· ¾ Xícara (chá) de açúcar
· ¾ Xícara (chá) de açúcar mascavo





Modo de preparo:

Ligue o som e bote uma música animada em volume alto, pra que o som chegue até a cozinha... (Dane-se os vizinhos!)
Na batedeira, bata a manteiga e os ovos. Junte a baunilha.
À parte peneire a farinha, o fermento, o sal, os dois tipos de açúcar. Misture tudo com as mãos, (Aí é que dá todo o sabor) mexendo bem, acrescente o chocolate e coloque a massa em colheiradas na forma sem untar (untar é coisa de veado).
Asse por volta de 10 minutos ou mais, em forno pré-aquecido em temperatura de 180º c. Retire do forno e deixe esfriar.
Boa sorte!

Obs.: Vai precisar de umas 3 formas, pois tem que colocar uma colherada longe da outra, senão gruda tudo e vira uma coisa só... sem falar que tem que deixar esfriar pra tirar da assadeira.

Nóis é chic no úrtimo!!!

Fotos da Diana







sábado, 29 de agosto de 2009

A poesia de Barnabé com o Grupo Andaime

Em apresentação na Festa da Cultura Popular do SESC São Carlos, o Grupo Andaime tem um encontro mágico com o humorista caipira Barnabé nos bastidores. E este então declama uma poesia, acompanhada do improviso na viola de Domingos de Salvi.

Emocionante!!!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Teia Regional - São Paulo/SP


Bibliografia da disciplina da Verônica Veloso

UNIVERSIDADE DE SOROCABA
Especialização em Pedagogia do Teatro
Disciplina: O corpo e o espaço na cena teatral contemporânea
Professora: Verônica Veloso

Bibliografia de referência
BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
BARTHES, Roland. A câmara clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
BOGART, Anne; LANDAU, Tina. The Viewpoints Book. A Practical Guide to Viewpoints and Composition. New York: Theatre Communications Group, 2005.
BOGART, Anne; BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. In Revista Brasileira de Educação, n.19, 2002, p.20-28.
BONFITTO, Matteo. O ator-compositor. São Paulo: Perspectiva, 2002.
BRAZ, Luzia Carion. Iniciação ao Treinamento do Ator através da técnica desenvolvida por Klauss Vianna. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – ECA, USP, 2004.
COELHO, Teixeira. O que é ação cultural? São Paulo: Brasiliense, 2001.
COHEN, Renato. Performance como linguagem. 2ª. ed. São Paulo: Perspectiva, 2007.
______. Work in progress na cena contemporânea. São Paulo: Perspectiva, 1998.
DESGRANGES, Flávio. A Pedagogia do Espectador. São Paulo: Hucitec, 2003.
GUÉNOUN, Denis. O Teatro é necessário? São Paulo: Perspectiva, 2004.
KATZ, Helena. Um, dois, três. A dança é o pensamento do corpo. B. H.: Helena Katz, 2005.
KOUDELA, Ingrid Dormien. Brecht na Pós-Modernidade. São Paulo: Perspectiva, 2001.
______. Texto e Jogo. São Paulo: Perspectiva, 1999.
LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático. Tradução de Pedro Süssekind. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
MARTINS, Marcos Aurélio Bulhões. Encenação em jogo. São Paulo: Hucitec, 2004.
MILLER, Jussara Corrêa. A escuta do corpo: abordagem da Técnica Klauss Vianna. São Paulo: Summus Editorial, 2007.
PAVIS, Patrice. A análise dos espetáculos. São Paulo: Perspectiva, 2005.
PICON-VALLIN, Béatrice. A arte do Teatro. R. J.: Teatro do Pequeno Gesto: Letra e Imagem, 2006.
PUPO, Maria Lúcia de Souza Barros. Entre o Mediterrâneo e o Atlântico: uma aventura teatral. São Paulo: Perspectiva, Capes, FAPESP, 2005.
______. Para desembaraçar os fios. Revista Educação e Realidade, Porto Alegre: UFRS, setembro 2006. Dossiê Ensino de Arte.
RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
ROCHA, Glauber. Estética da Fome. In ROCHA, Glauber. Revolução do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Alhambra, Embrafilme, 1981.
SOARES, Carmela Corrêa. Pedagogia do Jogo Teatral: uma Poética do Efêmero. O Ensino do Teatro na Escola Pública. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) - UNIRIO, R. J. , 2003.
TARKOVSKI, Andrea. Esculpir o Tempo. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
UBERSFELD, Anne. Para ler o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005.
VIANNA, Klauss. A Dança. 2 ed. São Paulo: Siciliano, 2005.
VELOSO, Verônica G. Jogos do Olhar – procedimentos cinematográficos para a composição da cena teatral. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – ECA, USP, São Paulo, 2009.
XAVIER, Ismail. O Discurso Cinematográfico: a opacidade e a transparência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
______. (org.) A experiência do cinema. São Paulo: Graal, 2003.
______. O Olhar e a Cena. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Yes, nós temos blog!!!


Olá Pedagogos Teatralicos!!!

Agora nóis tem Blog!!! Ip Ip Uhaaaaaaaaaaaa!!!
Vocês podem mandar o material que quiser compartilhar no blog com seus amigos da Pós-graduação para meu e-mail, e eu fico encarregado de adicionar aqui pra vcs... Beleza???
Então, beijo na bunda e até segunda,


Abegão
Bloggeiro foda